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Equipamentos portáteis mais sustentáveis. É hora de mudar

13 de Junho de 2022

No início do ano 2000, um condomínio de apartamentos contratou os serviços de reparos em uma bomba d’água localizada no interior de um poço da edificação. Quando dois operários trabalhavam no local, ocorreu uma explosão, que resultou na morte de um deles e ferimentos graves no outro.

Após estudos no local, constatou-se a presença de nada menos de 44 compostos orgânicos voláteis, incluído o benzeno e outros agentes cancerígenos.

O conceito da proteção dos solos foi o último a ser abordado nas políticas ambientais dos países industrializados, bem após os problemas ambientais decorrentes da poluição das águas e da atmosfera terem sido tematizados e tratados.

Uma pesquisa da PNUD revelou que, apesar de 78% dos países consultados considerarem a contaminação do solo um problema sério, somente 28% deles possuem regulamentos e procedimentos que tratam do assunto.

No Brasil, as leis aplicáveis são severas, porém ainda muito gereralistas:

LEI FEDERAL Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

DECRETO FEDERAL Nº 6.514, de 22 de julho de 2008: Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.

Os equipamentos de energia portátil ainda carecem de uma normatização específica.

Enquanto isso não acontece, está nas mãos dos fabricantes destes equipamentos tomarem a iniciativa de criar soluções adequadas, e aos usuários, cabe exigi-las.

Neste cenário, a tecnologia de chassi vedado com capacidade de retenção de 110% dos fluídos é de extrema importância, na medida em que impõe um padrão confiável e certificável. É hora de definitivamente aposentar a bandeja de contenção, pois além do alto custo de produção, transporte e gerenciamento, também não atende às boas práticas internacionalmente estabelecidas para o descarte de resíduos, pois ao serem manuseadas podem facilmente despejar os resíduos em locais indevidos. O conceito de chassi vedado traz também a drenagem controlada, que pode ser feita através de mangueiras com conexões vedadas e seguras.

A água acumulada nas bandejas de contenção, também gera focos de dengue, assim como focos de inúmeras outras doenças, pois cria um ambiente propício para o desenvolvimento de vermes, protozoários e bactérias, que posteriormente poderão se infiltrar no solo e atingir lençóis de água subterrânea.

Mas apesar de sua enorme importância, este não é o único fator que tem impacto ambiental. Existem muitos outros tais como:


- Adequação ao Diesel nacional. Equipamentos importados, mesmo que com motores desenvolvidos para uma boa eficiência energética, quando utilizam o Diesel nacional, podem acabar consumindo mais do que devem, e também emitindo mais poluentes.


- Robustez e durabilidade do equipamento. Um dia ele será descartado e se tornará um problema ambiental. Quanto mais isso demorar, melhor. No Brasil, o assunto ainda não é abordado como deveria, e o mercado Europeu é um exemplo a ser seguido.

- Portabilidade: o transporte de equipamentos de energia portátil consome muito combustível e emite poluentes. Quando é possível transportar dois num caminhão onde antes só cabia um, nossa atmosfera agradece.

No momento em que o Brasil possui um grande aumento do volume de obras, o momento é decisivo e cabe ao mercado a maturidade de se preocupar não apenas com nosso futuro econômico, mas também com o futuro do planeta.

 

Eric Tomin

Eric Tomin

Gerente de Produtos Atlas Copco Power Technique

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