4 desafios comuns na aplicação de adesivos industriais - e como superá-los!

Quase todo processo de aplicação de adesivos industriais requer uma técnica de distribuição diferente. Seria ótimo se existisse um sistema extremamente flexível para isso, uma espécie de solução tudo-em-um que pudesse se adaptar a todos os tipos de adesivos. Mas isso ainda não é possível devido à complexidade reológica dos fluidos e adesivos.

Reologia é o ramo física preocupado com o fluxo e mudança de forma da matéria e o comportamento dos materiais ante seus limites de resistência à deformação.

No caso dos diferentes tipos de adesivo, só é possível obter insights sobre o comportamento desses materiais durante a aplicação por meio de experimentos baseados em tentativa e erro – a menos que você tenha tecnologias extremamente avançadas à disposição.

Neste artigo, vamos ressaltar que pontos devem ser observados com atenção para que a aplicação de adesivos na sua linha de montagem seja a mais precisa e produtiva possível.

Se houver intervalo/gap na aplicação de cordões, ocorrerá a formação de canais de ar e umidade. 

Um dos maiores desafios é detectar essas ocorrências após a aplicação do material. Geralmente as bolhas não são visíveis a olho nu e isso pode causar sérios problemas de qualidade a longo prazo – como corrosão nas partes móveis do veículo, por exemplo, portas, capô porta-malas.

Existem diferentes tipos de equipamentos e métodos disponíveis para detectar ar no sistema, mas o ideal é utilizar tecnologias de precisão avançada, projetadas para acertar logo de primeira e evitar retrabalhos. Elas são especialmente necessárias na colagem de peças com geometrias complexas. 

Toda aplicação de adesivo industrial precisa ser uniforme e capaz de seguir as especificações do produto fabricado. Assim, atende as necessidades da indústria com relação a padrões de qualidade e máxima redução de resíduos, garantindo que a ligação estrutural resista a cargas e tensões.

Em aplicações automatizadas, o sistema de aplicação da Atlas Copco faz este controle de volume e vazão através do dosador e seu controlador.

Já os aplicadores manuais frequentemente criam inícios de cordão irregulares, que levam ao retrabalho e ao desperdício de material.

Para evitar esse problema, é fundamental um sistema de controle dinâmico da aplicação, permitindo gerenciar manualmente o fluxo-volume e a pressão, além de uma agulha com design especial capaz de minimizar o efeito “cabeça de cobra”. O aplicador BonderX e o controlador FM60 podem ajudar em uma aplicação manual bem controlada. 

O gerenciamento de temperatura evita a cura prematura da cola e minimiza o desperdício. Para mantê-la consistente em todo o sistema, uma opção como o PCS (Sistema de Condicionamento Peltier) pode ser usada.

Alguns adesivos à base de água, precisam ser aplicados a uma temperatura constante, mas até mesmo temperaturas externas variáveis podem influenciar negativamente o processo. Um PCS garante uma temperatura consistente em todo o sistema de aplicação – assegurando também o formato ideal do cordão e a qualidade da aplicação. 

Assim, você terá a mesma qualidade de aplicação durante todo o ano sem precisar ajustar os parâmetros ou usar materiais diferentes.

As chapas têm geometrias cada vez mais complexas e as soluções de aplicação de adesivos devem ser suficientemente flexíveis para garantir a precisão em qualquer caso, evitar retrabalhos e descartes desnecessários.

Para isso, oferecemos sistemas de monitoramento de qualidade em linha com o uso de câmeras capazes de detectar erros relacionados ao formato, continuidade e posicionamento do cordão durante a aplicação, sem tempo de ciclo adicional.

Além disso, alguns sistemas de câmera também oferecem uma função de reparo automático do cordão, por exemplo, no caso de uma interrupção da aplicação do adesivo. O tipo de sistema visual escolhido varia de acordo com os requisitos de qualidade exigidos para cada aplicação.